Não tem como esconder que a
criminalidade no Maranhão continua crescente e descontrolada. Por mais que o
governo tenta mostrar que a criminalidade vem diminuindo, os fatos ocorridos e
os números registrados dizem exatamente o contrário, pois contra fatos não
existem argumentos.
Há exatos 17 dias, um
Sargento da Polícia Militar do Maranhão, quando de forma heroica, fazendo valer
o juramento que fez de defender a sociedade, mesmo com o risco da própria vida,
tentou evitar um assalto, e foi covardemente assassinado.
Na madrugada deste domingo,
dia 17 de maio de 2015, o tenente Ramos, também, foi brutalmente assassinado,
sem detalhes das motivações do crime, o fato aconteceu quando o oficial pedia
para retirarem um carro que estava obstruindo a passagem de seu carro, o que é
um absurdo. Mas os homicídios estão banalizados, diuturnamente eles vêm
ocorrendo, sem escolha de suas vítimas pelos assassinos. Nesta criminalidade
descontrolada, todos estão expostos e sujeitos às ações dos delinquentes. Adolescentes, jovens, adultos, empresários,
políticos, policiais, enfim, ninguém fica imune. Como dizem: Se o bandido não
respeita nem a polícia, vai respeitar quem?
Citamos os homicídios, por
ser considerado pelos especialistas no assunto, como o carro chefe, o tipo
indicador de crescimento da criminalidade. Mas, no Maranhão, a criminalidade atinge
outras modalidades de crimes. Explosão
de caixas eletrônicos, roubos, furtos e outros tipos penais, vêm ocorrendo com
frequência. Temos informações de que nestes 4 primeiros meses deste ano, já
foram registrados 209 roubos a coletivos, sendo que durante o ano passado foram
registrados 400 casos de roubos a coletivos, isto só na Ilha de São Luís.
Diante dos fatos, entendemos
que o governador precisa rever sua política criminal no campo da Segurança
Pública, que trabalha as estratégias e meios de controle social da
criminalidade. A propósito, será, também, um bom momento e motivo para o
governador estender as gratificações de insalubridade e adicional noturno aos
policiais e bombeiros militares, já que vai pagar, a partir deste mês, para os
policiais civis, pois nas atividades desenvolvidas pelos policiais militares,
certamente, o risco é bem maior, quando são identificados ostensivamente nas ruas. Avante! Avante! Maranhão.
Francisco Melo da Silva,
coronel da reserva da Polícia Militar do Maranhão e advogado.
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