O fantástico,
na noite de ontem, mais uma vez expôs para todo o Brasil, os problemas na Segurança Pública do
nosso Estado. Mostrou uma sucessão de erros do sistema, desta vez, na
ocorrência que culminou com a execução do mecânico Iranildo, em Vitória do
Mearim. Erros que já foram mostrados nos meios de comunicações do Estado.
Retomando o caso
de Vitória do Mearim. Será que o governo
é tão inocente ao ponto de não saber que as prefeituras cedem seus servidores
para diversos órgãos do Estado, incluindo a própria polícia? Será que o governo não sabe que o combustível
de grande parte da frota da polícia é custeado pelas prefeituras, bem como
outras despesas? Será que o governo sabe que vários policiais militares foram
retirados do interior para reforçar o policiamento na capital? Será que ninguém
do alto escalão do governo tinha conhecimento de que o vigilante ajudava aos
policiais militares no destacamento de Vitória do Mearim? Essa situação era
somente de conhecimento do Sargento? Se fosse, certamente, os policiais
militares daquela localidade, por mais de seis meses, não tiveram qualquer tipo
de contato com seus superiores, seus comandantes, o que é muito estranho, isso
para dizer o mínimo.
Como muitos
preferem, é mais fácil atribuir a culpa para alguém do que assumir a responsabilidade
pelos seus erros. Foi o que aconteceu em Vitória do Mearim, só encontraram os
culpados e os responsáveis quem são e onde estão? De quem é a responsabilidade
pelo provimento do efetivo de policiais militares da cidade? É do Sargento ou
do Estado? Claro que é do Estado. Os policiais são agentes do Estado e agem em
nome dele. Assim sendo, o Estado jamais pode se eximir de sua responsabilidade
e atribuir tudo para os policiais militares, estes respondem na medida de suas
culpabilidades, que até agora não tiveram sequer a oportunidade de se defenderem, de contraditar o que o Estado vem dizendo contra eles, o que
viola frontalmente a nossa Constituição. O Estado, como sempre, já os culpou por
tudo que deu errado. Porém, se tudo estivesse dato certo, fosse um caso de
repercussão positiva, o mérito seria do governo e não dos policiais militares.
Mas como deu errado, a corda sempre quebra do lado mais fraco.
Será que o
governo sabe que tem vários policiais militares fora das suas funções precípuas.
Como por exemplo, fazendo a segurança de presídios, a disposição de políticos.....
Será que outras cidades do nosso Estado não recebem o mesmo apoio dado aos policiais militares de Vitória do Mearim? Se por acaso, acontecer algum problema com esses policiais militares de quem
será a responsabilidade?
Finalmente, já
estamos no sexto mês do atual governo, este não pode mais debitar tudo que estiver errado ao governo
anterior ou para alguém. Já está na hora de o governo assumir que o gerenciamento
na área da segurança pública do Estado precisa ser revisto. Avante! Avante!
Maranhão.
Francisco Melo
da Silva é coronel da reserva da Polícia Militar e Advogado.
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