Nos últimos dez anos temos
experimentado o aumento considerado nos índices de criminalidade em todo o
território maranhense, sendo que algumas cidades se encontram em situações mais
complicadas, a exemplo de São Luís, Imperatriz.
O crime é tão antigo quanto a
humanidade, é próprio do ser humano, é um problema social, que não temos uma
medida certa para acabar, pois o crime não tem fim. A solução para o crime é o
controle dos índices de criminalidade
As policiais militares
brasileiras foram criadas baseadas na doutrina militar, ou seja, das Forças
Armadas e têm a missão constitucional de preservar e manter a ordem pública. Embora
com algumas mudanças sofridas ao longo dos anos, ainda não conseguem fluir na
prestação de serviço com qualidade e os resultados alcançados não satisfazem os
anseios da comunidade.
O crime, hoje, já passa a ser
cometido como um meio de vida, a cada dia as associações para o crime estão
mais organizadas e especializadas nas mais diversas modalidades criminosas,
deixando as vítimas e as policiais atônitas. Enquanto o crime se mantém organizado,
as policiais ainda permanecem desorganizadas, desaparelhadas e sem condições de
enfrentar o crime.
A filosofia da polícia
comunitária é destacada em vários países do mundo, incluindo o Brasil, como o
que há de melhor em estratégia para o controle da criminalidade. O modelo de
polícia comunitária tem levado as policiais militares a fazerem uma profunda
reflexão sobre o modelo da função policial no Brasil. A experiência da parceria
policial com a comunidade tem motivado a interação com a comunidade, através de
um relacionamento construído em base sólida, servindo de referencial como
novidade no campo da Segurança Pública, visando minimizar os problemas da
criminalidade. Foi o que aconteceu em Imperatriz Maranhão, com a implantação da
filosofia de polícia comunitária, com a construção de postos policiais a comunidade
se engajou e o resultado foi a redução dos índices da criminalidade. A
participação da comunidade foi tamanha que chegava a ligar para o quartel
convidando os policiais militares para um almoço ou jantar. Tudo isto dado a
confiança que a comunidade depositava no policial militar
Precisamos vencer. E vencer é deixar
de lado o modelo tradicional e implantar ou reimplantar o modelo de polícia
comunitária, que seja conforme os princípios democráticos expressos na Constituição,
onde a lei e ordem sejam verdadeiramente a expressão da vontade e necessidade
do universo da população e que, consequentemente, atenda ao padrão dos direitos
humanos.
A experiência tem mostrado que o
policial comunitário desenvolve um senso de responsabilidade pelas pessoas e
pelos problemas de sua área de trabalho e que a construção de uma parceria com
o público depende, em grande parte, de seu comportamento diário.
Assim sendo – e não poderia ser
diferente – a filosofia do policiamento comunitário é exatamente orientar não a
divisão de responsabilidade, mas a integração das responsabilidades, de modo
que polícia e comunidade entendam-se e ajam como parceiros permanentes, partes
complementares no planejamento e na implantação das políticas públicas de
segurança pública. Avante! Avante! Maranhão
Francisco Melo da Silva é coronel
da reserva da Polícia Militar do Maranhão e advogado.
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