sábado, 13 de junho de 2015

PARA O CRIME SÓ EXISTE CONTROLE (PARTE III): E A POLÍCIA COMUNITÁRIA É UMA ALTERNATIVA SUSTENTÁVEL PARA O CONTROLE DA CRIMINALIDADE NO MARANHÃO.



Nos últimos dez anos temos experimentado o aumento considerado nos índices de criminalidade em todo o território maranhense, sendo que algumas cidades se encontram em situações mais complicadas, a exemplo de São Luís, Imperatriz.

O crime é tão antigo quanto a humanidade, é próprio do ser humano, é um problema social, que não temos uma medida certa para acabar, pois o crime não tem fim. A solução para o crime é o controle dos índices de criminalidade

As policiais militares brasileiras foram criadas baseadas na doutrina militar, ou seja, das Forças Armadas e têm a missão constitucional de preservar e manter a ordem pública.   Embora com algumas mudanças sofridas ao longo dos anos, ainda não conseguem fluir na prestação de serviço com qualidade e os resultados alcançados não satisfazem os anseios da comunidade.

O crime, hoje, já passa a ser cometido como um meio de vida, a cada dia as associações para o crime estão mais organizadas e especializadas nas mais diversas modalidades criminosas, deixando as vítimas e as policiais atônitas. Enquanto o crime se mantém organizado, as policiais ainda permanecem desorganizadas, desaparelhadas e sem condições de enfrentar o crime.

A filosofia da polícia comunitária é destacada em vários países do mundo, incluindo o Brasil, como o que há de melhor em estratégia para o controle da criminalidade. O modelo de polícia comunitária tem levado as policiais militares a fazerem uma profunda reflexão sobre o modelo da função policial no Brasil. A experiência da parceria policial com a comunidade tem motivado a interação com a comunidade, através de um relacionamento construído em base sólida, servindo de referencial como novidade no campo da Segurança Pública, visando minimizar os problemas da criminalidade. Foi o que aconteceu em Imperatriz Maranhão, com a implantação da filosofia de polícia comunitária, com a construção de postos policiais a comunidade se engajou e o resultado foi a redução dos índices da criminalidade. A participação da comunidade foi tamanha que chegava a ligar para o quartel convidando os policiais militares para um almoço ou jantar. Tudo isto dado a confiança que a comunidade depositava no policial militar

Precisamos vencer. E vencer é deixar de lado o modelo tradicional e implantar ou reimplantar o modelo de polícia comunitária, que seja conforme os princípios democráticos expressos na Constituição, onde a lei e ordem sejam verdadeiramente a expressão da vontade e necessidade do universo da população e que, consequentemente, atenda ao padrão dos direitos humanos.

A experiência tem mostrado que o policial comunitário desenvolve um senso de responsabilidade pelas pessoas e pelos problemas de sua área de trabalho e que a construção de uma parceria com o público depende, em grande parte, de seu comportamento diário.

Assim sendo – e não poderia ser diferente – a filosofia do policiamento comunitário é exatamente orientar não a divisão de responsabilidade, mas a integração das responsabilidades, de modo que polícia e comunidade entendam-se e ajam como parceiros permanentes, partes complementares no planejamento e na implantação das políticas públicas de segurança pública. Avante! Avante! Maranhão

Francisco Melo da Silva é coronel da reserva da Polícia Militar do Maranhão e advogado.

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.